quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Motivar os funcionários é sempre a melhor saída?


 Quando a organização deseja seu crescimento, investe no colaborador.
É o que diz o Princípio da mútua responsabilidade: Uma relação humana mais profunda somente pode ser mantida quando ambas as partes desejam e são capazes de fazer mais do que os requisitos mínimos exigidos.

Significa dizer que o empregador pensa na qualidade de vida dos seus colaboradores por que sabe que é o mesmo que pensar na perenidade da companhia.
Lendo matérias de algumas das melhores empresas para se trabalhar, é possível observar, que para isso, elas não fizeram mais do que motivar seus funcionários procurando atender suas necessidades, das mais básicas às mais complexas.
A primeira vantagem enxergada pelas empresas é a motivação e retenção do beneficiado. A oferta desse benefício passa a percepção de que a empresa tem consideração e respeito por ele, o que ajuda no clima interno da organização (os ganhos são efetivos quando o clima da organização também contribui) e torna o profissional menos tentado a sair.
Mas como saber que benefícios influenciam diretamente na qualidade do serviço prestado de forma perene? O dinheiro aplicado retornará em profissionais mais produtivos?
Por isso é importante observar e seguir o que diz o Princípio do retorno do investimento: O princípio básico deve ser o de que não se deve empreender voluntariamente nenhum benefício ao empregado, a menos que haja, como retorno para a organização, um rendimento em termo de produtividade e moral por parte do funcionário.
E diferentemente do que diz esse princípio, muitas organizações aumentam cada vez a lista de benefícios quando percebem que há desmotivação na equipe. O que ocorre é um contentamento provisório. E, após determinado tempo tudo volta como antes. O que acaba ajudando a fortalecer um ciclo vicioso. A questão não é fácil e não existe uma fórmula mágica.
É necessário saber qual é o foco do problema e, mais do que isso, a organização deve entender que benefícios não são dados como bala de açúcar para adoçar aquele “momento” da vida do colaborador. Precisa tratar a situação como um projeto contínuo, pois uma ação pontual talvez não seja capaz de trazer os resultados esperados, até por que os impactos vão ocorrer em sua maioria a longo prazo e não são calculados como dois mais dois são quatro.  Por isso, é preciso ter claro o que se quer atingir, tudo o que é importante deve ser medido e tudo o que é medido pode ser gerenciado.
Para saber se o investimento traz retorno é preciso, antes, ter bem claro o que se busca com as ações.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O ensino de Administração no Brasil

A administração no Brasil tem uma história muito curta, principalmente se comparada aos EUA. Os primeiros cursos lá datam de 1881. Aqui, o início do ensino da administração foi em 1952, data em que os EUA formavam 50 mil bacharéis, 4 mil mestres e 100 doutores por ano (Castro, 1981)
O contexto para a formação do administrador no Brasil veio em 1943 quando, devido ao aumento da necessidade de mão-de-obra qualificada na área, foi realizado o 1º congresso brasileiro de economia, onde o interesse pujante pela industrialização no país motivou o Estado a tomar iniciativas concretas favoráveis às pesquisas em assuntos econômicos. A criação desses cursos assume um papel relevante, uma vez que passou a ampliar a organização escolar do país que, até então, se constituía apenas de engenheiros, médicos e advogados.
Segundo Martins (1989), os principais fatores que contribuíram para a inclusão do ensino da administração no Brasil foram o surgimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a criação da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). Devido ao contexto citado acima, o presidente Getúlio Vargas autorizou a abertura de uma entidade voltada ao estudo da organização racional do trabalho, visando ao preparação de pessoal qualificado para a administração pública e privada. Surgia, assim, a FGV. Desde o início, a FGV apresentou um vínculo com o ensino norte-americano. Por isso, o FGV tomou tais cursos como referência.
Em 1934, surgiu, através da aglutinação de faculdades já existentes e da abertura de novos centros de ensino, a Universidade de São Paulo (USP), fruto da articulação de políticos, intelectuais e jornalistas, vinculados ao Jornal de São Paulo. Em 1946, é criada a Faculdade de Economia e Administração (FEA), com o objetivo de formar pessoas para os grandes estabelecimentos de administração do país.
Um dos fatores principais que motivaram tanto a criação da FEA quanto da FGV é uma coisa que ocorre com frequencia no Brasil: somente quando uma demanda se concretiza, o sistema educacional passa a providenciar a formação de mão-de-obra. A consequencia dessa realidade leva as empresas que demandam esse tipo de profissional a importar ou treinar profissionais por falta de pessoal qualificado.

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