quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O ensino de Administração no Brasil

A administração no Brasil tem uma história muito curta, principalmente se comparada aos EUA. Os primeiros cursos lá datam de 1881. Aqui, o início do ensino da administração foi em 1952, data em que os EUA formavam 50 mil bacharéis, 4 mil mestres e 100 doutores por ano (Castro, 1981)
O contexto para a formação do administrador no Brasil veio em 1943 quando, devido ao aumento da necessidade de mão-de-obra qualificada na área, foi realizado o 1º congresso brasileiro de economia, onde o interesse pujante pela industrialização no país motivou o Estado a tomar iniciativas concretas favoráveis às pesquisas em assuntos econômicos. A criação desses cursos assume um papel relevante, uma vez que passou a ampliar a organização escolar do país que, até então, se constituía apenas de engenheiros, médicos e advogados.
Segundo Martins (1989), os principais fatores que contribuíram para a inclusão do ensino da administração no Brasil foram o surgimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a criação da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). Devido ao contexto citado acima, o presidente Getúlio Vargas autorizou a abertura de uma entidade voltada ao estudo da organização racional do trabalho, visando ao preparação de pessoal qualificado para a administração pública e privada. Surgia, assim, a FGV. Desde o início, a FGV apresentou um vínculo com o ensino norte-americano. Por isso, o FGV tomou tais cursos como referência.
Em 1934, surgiu, através da aglutinação de faculdades já existentes e da abertura de novos centros de ensino, a Universidade de São Paulo (USP), fruto da articulação de políticos, intelectuais e jornalistas, vinculados ao Jornal de São Paulo. Em 1946, é criada a Faculdade de Economia e Administração (FEA), com o objetivo de formar pessoas para os grandes estabelecimentos de administração do país.
Um dos fatores principais que motivaram tanto a criação da FEA quanto da FGV é uma coisa que ocorre com frequencia no Brasil: somente quando uma demanda se concretiza, o sistema educacional passa a providenciar a formação de mão-de-obra. A consequencia dessa realidade leva as empresas que demandam esse tipo de profissional a importar ou treinar profissionais por falta de pessoal qualificado.

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